Mulher acusada de matar marido PM enfrenta júri nesta terça (2)

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Mulher é  acusada de matar marido PM
Foto reproduçção Diário do Nordeste 


Acusada de matar o próprio esposo, um policial militar, será julgada nesta terça-feira (2)


Renata Íris de Souza Araújo Pinheiro será julgada a partir das 9h30 desta terça-feira (2), no Fórum Clóvis Beviláqua, em Fortaleza. Ela é acusada de matar, a tiros, o próprio marido, o policial militar Wagner Sandys Pinheiro de Lima, dentro da casa onde o casal morava. O caso será avaliado por um Conselho de Sentença formado por jurados populares, e testemunhas de defesa e acusação foram convocadas para comparecer à 2ª Vara do Júri. O Diário do Nordeste acompanha o julgamento.

A acusação afirma que todas as provas reunidas no processo apontam para uma execução motivada por ciúmes. “A expectativa é apresentar ao júri, com responsabilidade, a verdade dos autos. Os elementos técnicos, laudos e testemunhos demonstram uma execução fria. Nosso compromisso é com a sociedade e com a justiça que Wagner Sandys merece”, disseram os advogados Samir David e Jader Aldrin Evangelista Marques.

Já a defesa sustenta que o disparo foi acidental e ocorreu durante uma discussão do casal. Os advogados Jéssica Rodrigues, Cinthia Souza e Bruno Vieira afirmam que Renata vivia em um contexto de violência doméstica e agiu para se proteger. “A defesa está serena e confiante de que o Conselho de Sentença reconhecerá que Renata agiu para salvar a própria vida. Nosso papel será restabelecer a verdade e conduzir os jurados à absolvição”, declararam.

Renata foi denunciada por homicídio qualificado por motivo fútil e por utilizar arma de fogo de uso restrito. Segundo a acusada, o marido já vinha fazendo ameaças e, na noite de 23 de dezembro de 2024, teria chegado em casa armado e continuado a intimidá-la. Ela alegou que, em um momento de descuido do policial, conseguiu pegar a arma que estava na perna dele. Ao se afastar, afirmou que o marido tentou retomar a arma e, durante a tentativa, ela disparou duas vezes nas costas do agente.

A sentença de pronúncia afirma que a materialidade do crime está comprovada e que há indícios suficientes de participação da acusada para justificar o julgamento pelo Tribunal do Júri.

Renata foi presa em flagrante. Documentos do processo revelam que a família do policial sabia das discussões frequentes entre o casal. No dia do crime, Wagner chegou a enviar mensagens à irmã informando que pretendia terminar o relacionamento. Familiares relataram ainda que a acusada era ciumenta e já havia agredido o companheiro em outras ocasiões. Ninguém presenciou os disparos.



O crime ocorreu na casa da família, no bairro Granja Lisboa, na presença da filha do casal, de oito anos. Os tiros atingiram o policial pelas costas. A própria Renata ligou para a Polícia após o ocorrido, informando que havia atirado no marido.

Fonte: Diário do Nordeste

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