A maldição da ex-banda de Champignon"

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9 A maldição da ex banda de Champignon
em sentido horário, da esq. para dir., Champignon, Peu, Júnior Lima e Peri Carpigiani
Não dá pra não reparar. Em um espaço de quatro meses, dois ex-integrantes de uma banda se matam, e um terceiro acaba de sair de internação hospitalar. Estou falando dos 9 Mil Anjos, e dos guitarrista (Peu) e baixista (Champignon) que cometeram suicídio, do baterista Junior Lima. Rock, lendas e maldições sempre caminharam juntos, mas é a primeira vez que lembro essa sincronia de tragédias sequenciais em um grupo brasileiro.
Lá fora, as “coincidências” (aspas necessárias dependendo do seu ceticismo) pululam.
A primeira que lembro é a de Buddy Holly, que morreu em acidente aéreo, junto a outras estrelas do pop rock da época, em 1959, na data (3 de fevereiro) que ficou conhecida como “o dia em que a música morreu”.
Vamos aos casos envolvendo a “maldição de Buddy Holly”. Ronnie Smith, contratado para substitui-lo na turnê, ficou maluco e se enforcou. David Box, integrante dos Crickets de Buddy Holly, morreu pouco depois também em acidente aéreo. A mulher do músico, Maria, perdeu o bebê que esperavam. Dizem até que o baterista Keith Moon, do The Who, assistiu a documentário de Buddy Holly na noite em que morreu.
A mais famosa das maldições é a dos 27 anos, idade que ceifou uma cacetada de músicos – de Jimi Hendrix, Jim Morrison e Janis Joplin a Kurt Cobain e Amy Winehouse. Astrólogos dizem que é por causa do retorno de Saturno. Vai saber.
Existem as chamadas músicas amaldiçoadas. A mais famosa (ou infame) é “Crossroads”, de Robert Johnson. Encruzilhada (tradução do título) significa no mundo musical o local onde Johnson teria vendido a alma ao demônio em troca de sucesso. Ele morreu muito jovem para confirmar ou negar a história. Mas bandas que gravaram “Crossroads” não tiveram boa fortuna posteriormente – Lynyrd Skynyrd perdeu boa parte dos integrantes em acidente aéreo, e Almann Brothers e Eric Clapton não foram exemplo de sorte depois de gravarem a música.
E existem grupos que são marcados por essa falta de sorte. Badfinger, banda que foi contratada pela Apple dos Beatles como possíveis sucessores dos Fab Four, teve seus principais integrantes carregados pelo suicídio. Big Star, que considero a melhor banda dos anos 1970, teve igual (falta de) sorte. Mais pelo insucesso e morte precoce do que por suicídios.
Mais próximo dos 9 Mil Anjos talvez seja o Fleetwood Mac, que teve uma tonelada de seus integrantes (guitarristas, principalmente) com finais trágicos.
Em minha obrigação jornalística, tentei ligar para o vocalista dos 9 Mil Anjos, Peri Carpigiani – os outros eram Junior Lima, que acaba de sair de internação por problema renal, Peu, que morreu em maio, e Champignon, que morreu esta noite -, mas ele não atendeu. Achei até bom.
Fonte:http://entretenimento.r7.com
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