A verdade sobre o fechamento da emergência pediátrica da Santa Casa de Sobral

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Como cidadão, e como pai, fiquei preocupado com as últimas informações que circularam na imprensa sobralense, inclusive aqui no Sobral em Revista, dando conta de uma possível greve de fome por parte do vereador Gegê Romão em protesto contra o fechamento da emergência pediátrica da Santa Casa de Sobral. Tenho dois filhos pequenos, de 6 e 2 anos, e fiquei querendo entender o que estava acontecendo.

Nesta segunda-feira (15), estive com o diretor clínico da Santa Casa, Dr. João Martins que nos informou que, a emergência pediátrica da Santa Casa fechou na última sexta-feira (12) por falta de médicos pediatras plantonistas suficientes para manter abertas além da emergência pediátrica da Santa Casa, a UTI Neo Natal, a UTI Pediátrica e a emergência pediátrica no Hospital Regional Norte. ‘Lá eles tem mais recursos, mais estrutura e pagam melhor aos médicos’, disse ele.

Segundo João Martins, a decisão da direção da Santa Casa não foi arbitraria, nem unilateral. ‘Há tempos que estávamos informando sobre o fechamento da emergência pediátrica. Não fizemos nada de uma hora pra outra. Tudo foi compactuado com o Sistema’. Segundo João Martins, o secretário de Saúde do Estado, Arruda Bastos, o agora ex-secretário da Saúde de Sobral, Olivan Queiroz e o prefeito Veveu Arruda foram comunicados com bastante antecedência, e entenderam a dificuldade em se fechar as escalas dos plantões, e que seria inviável sob todos os aspectos manter duas estruturas funcionando ‘meia boca’.

Por fim, João Martins classificou a atitude do vereador Gegê Romão como desnecessária. ‘O vereador quis jogar pra torcida. Fazer média. A Santa Casa sempre primou por prestar os melhores serviços, e temos a consciência tranquila de que fazemos o melhor para Sobral, e tudo em comum acordo com o Sistema’ enfatizou. ‘Se o vereador for mesmo fazer greve de fome e precisar dos nossos serviços, a Santa Casa estará a disposição para trata-lo da melhor maneira possível como fazemos com todos os que nos procuram’, fiscalizou João Martins.

EM TEMPO
No prolongado da conversa, o médico João Martins nos confidenciou a dificuldade que há em contratar médicos plantonistas em geral. Segundo ele, hoje em dia, os médicos estão aderindo mais as áreas clínicas. ‘Ninguém quer ir mais para uma emergência pois a situação do sistema é precária, é meio que como numa guerra civil. (...) Na emergência da Santa Casa nos desdobramos para atender 50 onde só dá para atender 20. Aquilo ali não para. Criticas sem conhecer é fácil, difícil é estar lá’ concluiu.

Sobral em Revista
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