“Vocês vão ter que me engolir mais uma vez”, disse o Velho Lobo nesta terça-feira, em entrevista coletiva na sede da Ferj.
Em tese, Zagallo deveria ser candidato único. Há um acordo de cavalheiros entre cariocas e paulistas para que haja revezamento na indicação para a vice-presidência da Região Centro-Sul (apenas as duas federações votam). Segundo Rubens Lopes, presidente da Ferj, o acerto vigora desde 1989.
“Eles roeram a corda”, criticou Zagallo.
Rubens Lopes teme que a resistência seja parte de um plano para que Marco Polo del Nero assuma a presidência da CBF. Se eleito, o dirigente paulista se tornaria o vice mais velho da entidade e, consequentemente, o primeiro na linha de sucessão. Bastaria Marin renunciar para que ele tomasse a frente da entidade.
“O Marin tem de interferir nesse processo”, pediu Lopes.
Disposto a ficar com a vice-presidência, Zagallo apresentou argumentos para ser eleito. Nenhum deles, no entanto, relacionados à função que teria, de ordem administrativa.
“Quero ter a chance de ser hexa no Brasil. Encerrar minha carreira na Copa. Fui jogador, técnico, coordenador técnico da Seleção. Posso ajudar com minha experiência”, afirmou.
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