Aumenta atendimento por picada de escorpião

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Foram cinco escorpiões capturados em casa, no bairro Rodolfo Teófilo, nos últimos dois meses, contabiliza Carlos Portela. O último foi visto no domingo, na pia do banheiro. “Nós estamos em constante atenção. Quando a gente vê um, é sempre uma surpresa”, afirma ele. O medo é de que algum acidente aconteça, especialmente com a filha de sete anos.

A vigilância para evitar picadas é constante, explica Carlos. “Quando vou tomar banho, sempre sacudo a toalha para ver se tem algum”. Roupas e sapatos também são inspecionados antes de usados. Desde que os primeiros escorpiões surgiram, ele diz que já tentou de tudo: tampou bueiros, trancou o banheiro, desinfestou a casa de baratas e outros animais. Nada, porém, surtiu efeito. 

O aparecimento de escorpiões preocupa. O número de atendimentos a pessoas com picadas do animal em 2011 foi mais que o dobro do contabilizado no ano anterior no Centro de Assistência Toxicológica (Ceatox) do Instituto Doutor José Frota (IJF). Foram 1949 casos em 2011 e 979 em 2010. Somente este ano, já foram mais de 450 atendimentos, segundo Joaquim Gonçalves, farmacêutico plantonista do Ceatox.
O escorpião é destaque entre os casos de picadas por animais peçonhentos no Ceatox. Cobra, abelha, aranha, entre outros, causaram 102 atendimentos em 2010 e 122 em 2011. Apesar de não representar um risco direto à saúde das pessoas, as ocorrências já chamam a atenção, considera Joaquim. “A espécie tem tomado uma quantidade que começa a alarmar”.

Pessoas acima de 65 anos, pacientes com doenças crônicas como hipertensão arterial e diabetes e crianças com até sete anos são os mais vulneráveis. “A picada tem pouco veneno, mas esses pacientes chegam com complicações pois passam a exacerbar os sintomas. É preciso uma atenção maior”, explica Joaquim.

Centro de Zoonoses
Após capturar escorpiões em casa, Carlos Portela entrou em contato com a ouvidoria da Secretária Municipal da Saúde. Foi enviado um e-mail no último dia 15, mas nenhuma visita foi feita na residência. A demora, segundo Carlos César de Morais, veterinário do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), é a grande quantidade de casos espalhados por toda a Capital. 

“Todos os casos têm atendimento, mas a demanda é grande e, muitas vezes, não podemos ir rápido. Bairros com problemas de saneamento e lixo são mais propícios, mas temos registro em quase todos”, explica o veterinário.

ENTENDA A NOTÍCIA
Com registro em quase todos os bairros da cidade, a incidência de escorpiões assusta a população. Acidentes envolvendo o animal são uma das principais causas de atendimento do Centro de Assistência Toxicológica do IJF. 

Fonte: O Povo Online
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