Mulher confessa ter envenenado doce entregue a adolescente, diz polícia

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A mulher suspeita de enviar doces envenenados à adolescente Talita Machado Teminski, de 14 anos, confessou o crime em depoimento neste sábado (31), segundo a Polícia Civil de Santa Catarina.
De acordo com o delegado da Divisão de Investigações Criminais de Joinville, a mulher de 45 anos não explicou o motivo do crime. “Não me pareceu um comportamento de uma pessoa equilibrada”, disse o delegado Marcel de Oliveira sobre o depoimento.
O delegado afirmou também que a suspeita tinha consciência dos crimes que comentou – a agressão ao marido e a intoxicação de três jovens – e que não há indícios de que ela não teria entendimento sobre as consequências do que fez.
Investigações

Os jovens foram envenenados em 12 de março. A mulher foi presa na madrugada deste sábado, em Barra Velha, no litoral do estado catarinense. A doceira foi encontrada pela Polícia Militar por volta das 4h, dormindo dentro de um carro. No período em que ficou foragida, também passou por Itajaí e Navegantes. No fim da manhã ela foi transferida para Curitiba.
Conforme a polícia, a ida da doceira a um banco de Itajaí foi fundamental para as investigações. A informação foi recebida por meio de uma denúncia anônima. “Ela foi fazer um seguro de vida para a filha de 26 anos”, acrescentou o delegado.
Ainda de acordo com Oliveira, pelas imagens do circuito interno de segurança foi possível ver que a suspeita estava bem. “Vimos as imagens e tivemos certeza, convicção que ela tinha participação no crime contra o marido.”
À polícia, a suspeita disse que agrediu o companheiro para que ele não descobrisse a participação dela no crime cometido contra os adolescentes em Curitiba. Ele foi encontrado na casa do casal em estado gravíssimo e está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), sem condições de prestar depoimentos.
O delegado afirmou ainda que a suspeita se disse arrependida e como pensava que o marido estava morto queria que ele fosse enterrado, por isso, mandou duas mensagens de texto do próprio celular para um grupo de amigos. “N. [Nome do marido] está na casa esperando ser enterrado, a mulher viu tudo, está dopada. Já que não recebi vou me divertir um pouco, empréstimo não pago morre, doces tudo armação”, dizia a primeira das mensagens. Na outra, escreveu: “Empréstimo não pago, casal morto ele já foi”.
Segundo o delegado, a mulher tinha a intenção de mandar a mensagem para um amigo específico do marido, mas acabou enviando para toda a lista de contato. Com a mensagem, complementou, ela tentou criar uma justificativa para seu desaparecimento e evitar qualquer desconfiança contra ela.
Entenda o caso

A adolescente Talita Machado Teminski, de 14 anos, filha de um policial militar, recebeu em casa uma encomenda na tarde dia 12 de março. A caixa, entregue por um taxista, continha doces e um bilhete informando que eles eram uma amostra e caso a jovem tivesse interesse poderia encomendá-los para a festa de 15 anos, marcada para abril deste ano.
Talita dividiu os doces com outros três amigos. Logo após ingerirem os chocolates todos passaram mal e foram levados para o hospital com quadro de intoxicação. A garota que recebeu a encomenda chegou a ter duas paradas cardíacas. Ela ficou internada no Hospital de Clínicas de Curitiba por oito dias. Todos já receberam alta.
G1 
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