Fonte: G1 |
No Engenho Santana, população está sem energia elétrica e fornecimento de água desde os temporais do sábado (28).
Uma ponte cedeu por causa das chuvas e moradores de uma comunidade ficaram ilhados em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife, desde o sábado (28). Com isso, vizinhos resolveram enviar doações em uma caixa d'água, boiando pelo Rio Jaboatão, para minimizar o sofrimento de quem, há cinco dias, sofre com os efeitos do temporal que matou mais de 100 pessoas (veja vídeo acima).
A ponte que caiu liga o Engenho Santana às regiões mais centrais de Jaboatão. A estrutura, segundo os moradores, era secular e não suportou a força da enxurrada. Um poste que ficava em cima da ponte também foi derrubado, deixando as famílias sem energia elétrica. O fornecimento de água potável também foi interrompido.
Do outro lado da ponte, moradores se juntaram para tentar minimizar o sofrimento dos vizinhos. Eles, que também estão sem energia e água potável, colocam alimentos e materiais de higiene dentro de uma caixa d'água vazia, que é atravessada pelo rio várias vezes por dia.
"Conseguimos algumas doações de moradores e outras da prefeitura. Dos dois lados da ponte, o pessoal está precisando muito, mas no Engenho Santana eles estão ilhados. O pessoal diz que essa ponte foi construída pelos holandeses", disse a autônoma Priscila Rotondaru, cuja casa virou um ponto de apoio para o recebimento de doações.
Não bastasse a necessidade, os moradores precisam se arriscar puxando a caixa d'água para pegar as doações, em meio à forte correnteza. O que usam de apoio para a travessia é o fio de fornecimento de energia que atravessava a ponte e que, agora, fica na altura da água.
"Hoje, pelo que vimos, chegou um helicóptero que conseguiu deixar doações para o pessoal do outro lado, mas ainda estão sem energia, como nós também estamos", disse Priscila Rotondaru.
A bióloga Anielise Campelo mora no Loteamento Santa Joana, no bairro de Dois Carneiros Baixo, a uma curta distância do Engenho Santana, também do lado da ponte que não está ilhado. Ela disse que fez vários pedidos à prefeitura de Jaboatão para tentar melhorar a situação das duas comunidades.
"Ficou combinado que enviariam água potável, mas o carro-pipa que chegou foi com água não potável, só para as pessoas tirarem a lama das casas. Solicitamos limpeza urbana, porque tem muito entulho nas ruas, porque muita gente perdeu muita coisa, que não serve mais para nada. Ainda não chegou nada disso", afirmou a bióloga.
O g1 entrou em contato com a prefeitura de Jaboatão para saber sobre as demandas dos moradores, mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem.
"Conseguimos algumas doações de moradores e outras da prefeitura. Dos dois lados da ponte, o pessoal está precisando muito, mas no Engenho Santana eles estão ilhados. O pessoal diz que essa ponte foi construída pelos holandeses", disse a autônoma Priscila Rotondaru, cuja casa virou um ponto de apoio para o recebimento de doações.
Não bastasse a necessidade, os moradores precisam se arriscar puxando a caixa d'água para pegar as doações, em meio à forte correnteza. O que usam de apoio para a travessia é o fio de fornecimento de energia que atravessava a ponte e que, agora, fica na altura da água.
"Hoje, pelo que vimos, chegou um helicóptero que conseguiu deixar doações para o pessoal do outro lado, mas ainda estão sem energia, como nós também estamos", disse Priscila Rotondaru.
A bióloga Anielise Campelo mora no Loteamento Santa Joana, no bairro de Dois Carneiros Baixo, a uma curta distância do Engenho Santana, também do lado da ponte que não está ilhado. Ela disse que fez vários pedidos à prefeitura de Jaboatão para tentar melhorar a situação das duas comunidades.
"Ficou combinado que enviariam água potável, mas o carro-pipa que chegou foi com água não potável, só para as pessoas tirarem a lama das casas. Solicitamos limpeza urbana, porque tem muito entulho nas ruas, porque muita gente perdeu muita coisa, que não serve mais para nada. Ainda não chegou nada disso", afirmou a bióloga.
O g1 entrou em contato com a prefeitura de Jaboatão para saber sobre as demandas dos moradores, mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem.
Fonte: G1