O surgimento de bolhas torna necessário o tratamento em centros especializados, dotados de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), principalmente quando as vítimas são crianças menores de seis meses. A entidade ainda destaca o risco que correm recém-nascidos de mães que tenham chegado ao parto ainda em estágio de transmissão da doença.
Entre os riscos, estão as reduções no número de linfócitos e plaquetas no sangue dos bebês. “As complicações incluem hemorragia cerebral, estado epiléptico e falência múltipla de órgão”, afirma a Socep.
Entre as cinco mortes já confirmadas este ano encontra-se um recém-nascido de 10 dias, divulgou a Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), na semana passada.
Para impedir esse quadro, a Socep destaca a importância do combate aos focos do mosquito Aedes aegypti. Recomendação específica para recém-nascidos é o uso de “mosquiteiros”, uma vez que o uso de repelentes em menores de seis meses não é indicado. Para os bebês maiores dessa idade, a Socep recomenda o uso de repelentes.
O alerta vem em meio ao registro de epidemia no Estado. Somente neste ano, foram notificados 8.667 casos, 1.867 já confirmados. Mais da metade dos casos ocorrem em Fortaleza — eram 5.483 só até abril. Em 2016, foram 31.504 casos em 139 dos 181 municípios do Estado.
Somente em 2014 foram registrados os primeiros casos da doença no Ceará — todos em transmissões ocorridas fora do Estado. Apenas em 2015 surgiram as primeiras transmissões autóctone.
Comumente, a chikungunya se manifesta com febre, de 39 ou 40 graus. É acompanhada de mal-estar, dores de cabeça e musculares, manchas avermelhadas e a dor aguda nas articulações — principalmente, em joelhos, tornozelo, mãos, cotovelos e ombros. Este sintoma é a grande diferença para a dengue, também transmitida pelo Aedes aegypti e que causa dores mais moderadas.
Fonte: Tribuna do Ceará