De dentro do presídio, detentos dão ordens para metralhar policiais

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O policial relatou que a Polícia escoltou pelo menos cinco mudanças de moradores do Parque Leblon, que foram obrigados a se retirar das casas por ameaças de morte. Quem não contribuísse guardando armas, drogas ou dando apoio era “convidado” a se retirar. Após a prisão do grupo, as ordens continuam, mas agora, elas viriam de uma unidade prisional.
Os homens foram presos em janeiro deste ano com drogas e armas e, no dia da prisão, o chefe do grupo teria oferecido R$ 50 mil para que fosse solto, mais R$ 20 mil por cada membro da quadrilha que não fosse preso. “Já no fim ele ainda ofereceu R$ 200 mil”, comentou.
De acordo com o comandante do 12º BPM, coronel Francisco Barbosa, as ameaças são reais e feitas de forma indireta. O oficial disse que as imagens foram repassadas para a Secretaria da Justiça e Cidadania (Sejus).
A Sejus relatou estar ciente do caso e divulgou que os internos foram identificados e que as devidas providências serão tomadas.

Dentro de um presídio o grupo exerce liderança no Parque Leblon, em Caucaia. Moradores são obrigados a se mudar e as ameaças contra os policiais ocorrem por meio de celulares com Internet.

Detentos de uma unidade prisional na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF) estariam fazendo ameaças aos policiais militares do 12º Batalhão da Polícia Militar (BPM), em Caucaia. A denúncia veio dos próprios policiais (nomes preservados), que receberam a informações por redes sociais.
Segundo um dos policiais ameaçados, os homens foram presos no Parque Leblon, na Caucaia, em janeiro. O chefe do grupo se encontra no presídio e na época do crime foi preso com uma quadrilha, com armas e drogas. No entanto, investigações da Polícia apontavam os suspeitos como autores de uma série de homicídios.
Dentro do presídio, eles teriam acesso a celulares, como mostram as imagens divulgadas, e enviam mensagens para comparsas do Parque Leblon. Conforme um policial, a ordem é para “metralhar” os militares que entrarem na comunidade.


Conforme o autor da denúncia, os integrantes da quadrilha também mandam recado para os pequenos comerciantes não venderem para policiais. Ainda segundo um militar, um padeiro foi morto após ter servido café para PMs de uma viatura, desobedecendo as “regras”. “Ele passou um ano fora e quando voltou foi morto. Mataram ele em cima de uma bicicleta, na avenida Ulisses Guimarães”, comentou.

Moradores

  
Saiba mais

Denúncias No dia 23 de dezembro, do ano passado, Jamile Carvalho Amorim e Paulo Henrique Silva Melo foram encontrados mortos e enterrados em uma casa abandonada no Parque Leblon. Os dois estavam desaparecidos há pelo menos um mês.
No dia 14 de março, deste ano, um comerciante sobreviveu após um espancamento. Ele chegou a ser enterrado vivo, mas conseguiu fugir. Os dois casos são atribuídos ao tráfico na comunidade.

Fonte: O Povo
Foto: VC Repórter
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