Quinta-feira, 11, Dia Nacional de Lutas, será marcado como Dia Nacional de Greves,Paralisações e Mobilizações, marcado por atos, paralisações e manifestações. Entre os sindicatos confirmados no ato em Fortaleza estão o Sindicato dos Policiais Federais do Ceará (Sinpof-CE), juntamente com a Força Sindical Ceará, Central Única do Trabalhador (CUT), o Sindicato dos Servidores e Empregados Públicos Municipais (Sindifort), e demais centrais sindicais.
Quase 300 entidades filiadas à CUT Ceará de 14 ramos de atividade também vão realizar mobilizações, greves e paralisações durante o dia inteiro. Algumas categorias, como policiais rodoviários e metroviários, farão greve. Metalúrgicosdevem suspender o funcionamento de algumas fábricas em Fortaleza. Os comerciários vão paralisar as atividades por 24 horas em Fortaleza e na região metropolitana, onde a categoria é formada por 350 mil profissionais.
Praça do Ferreira
Aqui em Fortaleza, a concentração será na Praça do Ferreira, a partir das 10hs da manhã. O objetivo da mobilização nacional é destravar a pauta da classe trabalhadora no Congresso Nacional e nos ministérios. Segundo o presidente do Sinpof-CE, Carlos Façanha, a data também servirá para dialogar com a sociedade, construir e impulsionar a pauta que surgiu nas ruas durante as manifestações realizadas em junho, em todo o País, pois muitas reivindicações já são antigas bandeiras de luta dos movimentos sindicais, como melhoria na qualidade da saúde e educação pública e do transporte coletivo.
PF não pára
Façanha ainda destaca que seguindo orientação da Federação Nacional da Polícia Federal (FENAPEF), não haverá paralisação da Polícia Federal nesta data, conforme já aprovado em assembleia da categoria. O motivo foi o pedido do Ministério da Justiça, solicitando a FENAPEF, como forma de voto de confiança, que não haja paralisação da PF.
“Apesar desta solicitação, participaremos do evento para demostrarmos nosso apoio aos trabalhadores, classe ao qual estamos incluídos. Apoiamos à luta que todos os brasileiros estão travando por uma segurança publica de qualidade. Cumpriremos o pedido do MJ, mas não podemos nos calar diante de tantos descasos por parte do governo com relação as nossas causas”, ressalta Carlos.
Pauta da CUT
O evento fará uso de trio elétrico, onde os representantes dos trabalhadores vão chamar a atenção da sociedade para a pauta da classe trabalhadora formada pelos seguintes itens: redução de tarifa do transporte coletivo sem cortes dos gastos sociais; destinação de 10% do orçamento da União para a saúde pública; 10% do PIB para a educação pública; fim do Fator Previdenciário; redução da jornada de trabalho para 40 horas sem cortes de salários; reforma agrária; suspensão dos leilões de petróleo; reforma política; realização de plebiscito popular; reforma urbana; democratização dos meios de comunicação; garantia dos Direitos Humanos.
Reivindicações
Além das reivindicações apresentadas pelas centrais sindicais (10% do PIB para educação e 10% do PIB para saúde públicas, fim do fator previdenciário, redução da jornada de trabalho, reformas agrária, urbana e política), o Sindifort cobra o atendimento da seguinte pauta: Plena autonomia para o IPM, com aporte de recursos da PMF; Alteração opcional da jornada para 8h diárias, garantindo acréscimo dos salários e auxílio-refeição; Cumprimento das sentenças judiciais (“letrinhas”, anuênios, isonomias, ascensões, etc) com pagamento dos atrasados; Aposentadoria Especial; Pagamento em pecúnia (dinheiro) da licença prêmio/especial, quando o servidor não gozar o benefício; Fim do Assédio Moral e Político na PMF; Redução da tarifa de ônibus e transporte público de qualidade.
Lei de terceirização
Os trabalhadores também são contra o projeto de lei que amplia a terceirização no país para todos os tipos de atividades. A atual legislação brasileira limita a terceirização de atividades afins, que justificam a própria existência do empreendimento. Essas funções devem ser ocupadas por empregados vinculados diretamente à empresa.
“Se for aprovado, esse projeto amplia o processo de terceirização porque não estabelece limites e provoca maior precarização das condições de trabalho e enormes prejuízos para a classe trabalhadora. Somos a favor da regulamentação rígida da terceirização”, defende a presidenta da CUT-CE, Joana Almeida.
Paralisação do IFJ
Já o Sindifort mobiliza a categoria para a concentração no Instituto Dr. José Frota (IJF) a partir 7h30 seguindo durante toda a manhã. Além dos servidores do IJF, também participarão da concentração servidores de outros órgãos do serviço público municipal, denunciando as péssimas condições de trabalho e dialogando com a população que se utiliza dos serviços públicos. Os servidores do IJF já confirmaram a paralisação por toda a manhã desta quinta-feira.
Interior
A CUT informa também que serão promovidos atos no interior do estado. Em Tabuleiro do Norte, no Vale do Jaguaribe, a concentração está prevista para 16 horas, em frente à igreja matriz do município.
Fonte: Tribuna do Ceará