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Palmeiras lança campanha não prejudique seu clube
 Nesta quinta-feira, o Palmeiras jogará como mandante pela primeira vez desde a tentativa de agressão de membros da Mancha Alviverde em aeroporto argentino, há exatamente uma semana. E o clube, rompido com a organizada, lançou campanha de consciência iniciada a partir deste jogo contra o Paulista, no Pacaembu.

O Palmeiras avisou que nesta quinta-feira começará a exibir antes dos jogos e nos intervalos faixas para evitar a violências. As frases expostas serão "Não prejudique o seu clube de coração"; "Não arremesse objetos no campo"; "Não utilize sinalizadores ou fogos"; "Ajude na identificação dos infratores"; "Denuncie: ouvidoria@palmeiras.com.br".

A ação ocorre após o presidente Paulo Nobre, bravo após briga entre torcedores e elenco em aeroporto da Argentina, após derrota para o Tigre, pela Copa Libertadores, anunciar que cortou as regalias das organizadas. A Mancha Alviverde, que diz ter tido a reação em consequência de um gesto obsceno de Valdivia, se recusou a entregar os responsáveis pelo ato e chamou o dirigente de covarde, iludido e oportunista.

As frases antiviolência, porém, não visam somente a Mancha. O ato também tem o objetivo de evitar novas punições ao Palmeiras, que no ano passado já foi punido com perdas de mando de campo após objetos atirados no Pacaembu em derrota para o Corinthians e, devido a uma confusão em Araraquara, atuará a mais de 100 km de São Paulo nos quatro primeiro compromissos como dono de casa na Série B deste ano.

O clube lembra o 3º parágrafo do artigo 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva: a comprovação da identificação e detenção do infrator com apresentação à autoridade policial competente e registro de boletim de ocorrência, na hipótese de lançamento de objeto, exime a entidade de responsabilidade.

Para este jogo contra o Paulista, existe a expectativa sobre a ação das organizadas, já que na semana passada também a TUP tentou entrar na Academia de Futebol para falar com Valdivia e foi impedida. No domingo, antes do empate com o São Paulo no Morumbi, muros do Palestra Itália apareceram com a pichação "se não ganhar, vai apanhar".

Torcedores que não fazem parte de organizadas já têm se manifestado em redes sociais de forma contrária principalmente à Mancha. Antes mesmo da confusão em Buenos Aires, a cisão ficou clara em 10 de fevereiro, na derrota para o Penapolense, quando a Mancha xingou Valdivia e Luan e ambos foram exaltados pelo resto dos palmeirenses no Pacaembu.

Gilson Kleina prefere ver a união de todos em prol do time. "Queremos jogar junto. O que mais pedimos é que a torcida nos apoie, e a grande maioria faz isso. Repudio qualquer ato de violência, assim não se chega a lugar nenhum. Queremos os torcedores do nosso lado porque fazem a diferença, é bonito ver esse grito da arquibancada", disse o técnico.

"Faço o apelo de que, quando perdemos, é por fatalidade, não por indolência ou porque queremos. Temos uma entrega muito grande, estão todos atenuados pelo que exigimos a cada treino e jogo. Ainda não temos uma prova de confiança, mas esperamos muito o apoio deles porque sempre vamos jogar pensando na nossa família e na alegria deles", prosseguiu Kleina.

Terra
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